terça-feira, 31 de janeiro de 2017

#54 - A música da minha vida...ou o que estou a ouvir agora...ou a musica do momento...ou porque me apetece

Penso, mas posso estar enganada, que este filme terá sido o primeiro filme de adultos, que fui ver ao cinema...

...lembro-me que fui com os meus Pais e os meus Tios...

...a verdade, é que nunca mais esqueci esta música (que fica sempre associada ao filme) e o final do filme...

...para ser honesta, não me lembro da História, e por isso, estou com intenções de o rever brevemente.

Les uns et les autres, filme Francês de Claude Lelouch


domingo, 29 de janeiro de 2017

"Amour"

Por cá, o tempo não é muito para ver filmes, séries, escrever...

...mas como gosto muito...arranjo sempre uma maneira...

...andava a ver o filme "Amour" há uma semana, aos poucos, aproveitando os minutos que me restam sempre, antes de adormecer...

...é um filme muito intenso...um casal na casa dos 80, confronta-se com a doença dela e todo o filme se desenrola numa casa (onde existe uma salinha, cujos objectos contam a vida do casal)...um casal confronta-se com a doença dela...lida com a mesma sozinhos...até ao fim...

O filme "Amour" de Michael Haneke, foi o vencedor do Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2013.

Ele, é protagonizado por Jean-Louis Trintignant, e ela, por Emmanuelle Riva.

Emmanuelle Riva é também conhecida, pelo filme "Hiroshima, meu amor"

Ontem, Emmanuelle Riva morreu...e ontem tive mesmo de terminar de ver o filme...daqueles que não se esquecem...


Amour

sábado, 28 de janeiro de 2017

Genética...ou...não me ensinaram a cozinhar...mas...

Não sei bem se a minha avó materna não era dotado para a cozinha...ou se nunca teve muito tempo para cozinhar...era Enfermeira e lembro-me que sempre trabalhou muito...

...a verdade, é que nunca ensinou as filhas a cozinhar (a minha mãe e a minha tia)...

...penso que quem ensinou alguma coisa à minha mãe, foi o meu Pai. À minha tia...não sei bem (se calhar foi auto didata)...

... a mim e à minha irmã...também não nos foi transmitido nem o gosto, nem grandes ensinamentos de cozinha...

Resultado disto:

Os únicos cozinhados que me lembro da minha avó: cozido, feijoada (que não gosto), pasteis de bacalhau, o arroz da minha avó (que só eu e a minha irmã, e agora os nossos filhos, conseguem comer), as castanhas (nunca mais me souberam ao mesmo), a mousse de chocolate (divinal) e pouco mais...

A minha mãe faz um Bacalhau com Natas (apenas uma vez por ano) divinal e frango com tomate (como eu gosto)...e sinceramente, não me lembro de mais nada...

A minha tia é uma doceira incrível...os seus salames de chocolate, com nozes e pinhões...são das melhores coisas dos nossos Natais...e penso que a feijoada (que não gosto), também é deliciosa...e sinceramente...não me lembro de mais nada...

A minha irmã...faz Caril de Gambas...como ninguém...e pronto!!!

Eu...o meu marido ensinou-me as técnicas da cozinha (por exemplo, fazer um refogado)...a minha sogra também me tem ensinado muito e muito devido, ao meu historial familiar...sinceramente...cozinho, hoje, por amor...mas não à cozinha!!!!!
Cozinho porque tem de ser...porque as minhas crias têm de comer!!!!

A verdade é que faço coisas divinais, por exemplo, sopa! É tão boa, que mal chego às Ferias, onde se encontra a minha família, toda a gente anseia por uma sopinha feita por mim...

Mas justiça, também seja feita à minha família...à minha avó materna...

Faço umas bifanas com alho, margarina e vinho branco, acompanhado com o arroz da minha avó...Excelentes!!!
São tão boas, que deve ser dos únicos pratos, cá por casa, onde nunca sobra nada!
Receita da minha avó:


Faço uma mousse de chocolate, tão boa, mas tão boa...que normalmente é a única coisa que tenho de levar para refeições partilhadas.
Receita da minha avó:


Parece-me que nunca vou despertar para os encantos da cozinha...

Mas parece-me que das mulheres da minha família...sou capaz de ser aquela que melhor cozinha...e que sabe!!!

O Alentejo faz maravilhas....

#53 - A música da minha vida...ou o que estou a ouvir agora...ou a musica do momento...ou porque me apetece

Morreu já faz mais de um ano...

...ficou com a categoria de intemporal...

...nunca fui a sua fã número um, porque há algumas músicas que não gosto...

...Mas há também um número considerável delas...que adoro e não esqueço.

Esta "love song", por exemplo:

David Bowie - Absolute Beginners

So sweet

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Malapata com Frangos...ou a minha Gata comeu o jantar

Tenho uma malapata com Frangos...definitivamente: já aqui contei que a minha avó, há muitos anos, comprou um frango assado para o Jantar e na fila para os táxis...um cão levou-lhe os sacos com o Frango! Eu separei-me de um namorado há mais de 16 anos por causa de um frango, que ele não foi buscar para o jantar...o Frango, coitado, foi a gota de água!!!! Há uns dias, comprei um frango e perdi-o...quando fui ao congelador para o ir buscar...não estava lá!!!!

Há uns anos impuseram-me a adopção de uma Gata...não gostava nada de Gatos...principalmente devido a um me ter atacado durante a noite (atirou-se para cima de mim), na casa da minha amiga Carina Machado!!!!! A adopção deste Ser foi um ato de amor, para os meus filhos, o meu marido e a minha amiga (que tem agora, mais um motivo para me gozar!!!).
A verdade é que agora amo este Ser, e a verdade...é que eu não a queria, mas acho que é de mim que ela gosta mais!
Ei-la:


Mas...este Ser...às vezes...leva-me ao desespero!

Ontem, fiz uma canja para o jantar e reservei o frango para fazer hoje qualquer coisa para o jantar.
Deixei o Frango a arrefecer em cima da bancada da Cozinha...o agregado saiu à noite...e deixou a cozinha aberta (sim, amo o Ser, mas não tem autorização para se pavonear em quartos e cozinha...sempre tudo fechado!!)...

Resultado: Lucky (é assim que se chama a minha Gata)...comeu e lambuzou o Frango...





quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

As minhas crias

As minhas crias...pelos olhos do Pai.

Rawphoto

#52 - A música da minha vida...ou o que estou a ouvir agora...ou a musica do momento...ou porque me apetece

A minha viagem de finalistas foi à Ilha Margarita, na Venezuela...

...Universitários, quase a acabar os cursos e numa ilha do Caribe...foi monumental. Guardo recordações muito boas desta viagem e do divertimento e laços que reforçámos na mesma!!!!

Lembro-me de uma excursão a uma ilha deserta, num "barco/discoteca" e onde esta música tocou bastantes vezes...lembro-me das noites a dançar e onde também dava sempre esta música...

Hoje, ouvi-a na rádio...e de repente...eu estava na Ilha Margarita, num Barco/ discoteca, a dançar com os meus amigos da Universidade...e depois já estávamos numa ilha deserta, com água quente, a comer ostras e a ver corais...

Abba - Dancing Queen

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Ajudar e ensinar a ajudar

Comecei por lhes perguntar se sabiam o que eram refugiados de Guerra, por exemplo, da Síria...

...Claro que sabiam, a informação hoje circula em todo o lado e a uma velocidade estonteante e não há criança que não saiba já alguma coisa sobre estes assuntos.

Contei-lhes o drama que os refugiados estavam a viver na Grécia, devido agora, às baixas temperaturas e contei-lhes que há pessoas e entidades que se organizam para ajudar diretamente.

Depois fiz-lhes a seguinte proposta: "O que acham, do pai e da mãe, não vos darem mesada este mês, e em vez disso ficarmos com esse dinheiro, juntarmos mais qualquer coisa da nossa parte e enviarmos para alguém que possa ajudar os refugiados na Grécia, comprar cobertores, roupa, aquecimentos, ajudá-los de qualquer maneira?"

As minhas crias responderam que sim...

E assim, vamos responder a este apelo que foi partilhado pela Catarina Furtado no Facebook. Penso que é um apelo de alguém da sua confiança, senão não o faria. No apelo a seguir, existem várias formas de ajudar e várias Organizações...é só escolher e por pouco que seja...ajudar!!!! É o que iremos fazer, num esforço mínimo conjunto, aqui do agregado e que se calhar para alguém, é uma dádiva imensa!!!!

Apelo retirado do Mural da Catarina Furtado e transcrito integralmente:

"Mariana Vareta
January 21 at 11:54am ·
“Potential disruption due to extreme low temperatures”. É o aviso meteorológico para os próximos dias no Norte da Grécia, para onde parto na segunda-feira para mais 3 semanas de voluntariado com refugiados (para quem possa ficar baralhado, é verdade que já fui no dia 10, mas tive que voltar de urgência por razões pessoais).

Quando cheguei a Portugal em Agosto, depois de 4 meses na Grécia, já vinha com a ideia fixa de voltar no pico do Inverno. Já nessa altura prevíamos que, apesar de todos os apelos, os campos não iam ser preparados a tempo e ia ser outra vez um drama. Mal nós sabíamos que vinha aí o pior Janeiro das últimas décadas.

Durante os últimos meses, perdi a conta às vezes que me perguntavam “se aquilo por lá andava melhor” e eu pensava para mim mesma “meu deus... as pessoas estão mesmo a leste”. É mesmo a única vantagem desta vaga de frio: ser uma nova wake up call.

Sinceramente, ainda não percebi como é que não morre mais gente. Ainda há centenas de pessoas - bebés e crianças incluídos - a viver em tendas de pano montadas em cima de cimento húmido, dentro de fábricas geladas, com as portas e as janelas partidas. Muitas vezes não há água, porque os canos congelam e partem, e outras tantas não há eletricidade, porque os quadros não aguentam as dezenas de aquecedores e fogões portáteis com que as pessoas tentam desesperadamente combater o frio.

Queima-se de tudo para criar algum calor, até mesas e cadeiras, até combustíveis tóxicos que só pioram os (muitos) problemas respiratórios. Falta coragem para tomar banho ou lavar a roupa em água gelada, portanto as doenças de pele alastram no meio da sujidade envergonhada.

O sistema de saúde grego, que já estava praticamente colapsado, viu a crise dos refugiados provocar um aumento de 400% na procura de cuidados. Tudo o que não seja urgente ou gravíssimo fica numa lista de espera interminável (coisas tão simples como um gesso podem demorar quase uma semana). As mães são devolvidas às tendas 3 dias depois de uma cesariana, e os AVCs recebem alta assim que se aguentem numa cadeira de rodas - mesmo sabendo-se que só vão ter acesso a casas de banho portáteis montadas no exterior. Claro que qualquer gripe, neste contexto, é completamente desvalorizada. Das coisas que mais me impressionou foi um miúdo de 5 anos, encolhido num canto com dores de garganta, a chorar baixinho como quem já aprendeu que não adianta.

Os processos de asilo arrastam-se durante meses a fio, eternamente pendentes de respostas de uma Europa com cada vez menos vontade de ajudar. O medo está a ganhar à decência, e aos refugiados pouco adianta insistir que estão a fugir exatamente do mesmo fanatismo que nós tememos.

Quase um ano depois do fecho das fronteiras, a Europa ainda só acolheu cerca de 8 mil das mais de 60 mil pessoas que ficaram presas na Grécia. O continente mais rico do mundo prefere pagar para manter o problema à distância: pagar à Turquia para não os deixar chegar cá, pagar à Grécia para segurar os que chegaram, pagar muros para travar os que sobram. Uma fracção deste dinheiro seria mais do que suficiente para reforçar o sistema de asilo grego, fazer verificações de segurança rápidas e eficazes, priorizar os menores desacompanhados e os casos mais vulneráveis, distribuir os verdadeiros refugiados pela Europa e repatriar os que não fossem elegíveis. Quer dizer, estamos a falar de 60 mil pessoas. É pouco mais do que a lotação de um estádio de futebol. Uma coisa que se resolvia em menos de um mês, se houvesse essa vontade. Mas não. Em vez disso, há mais de 2000 crianças desacompanhadas à mercê de todo o tipo de exploração, há mulheres a prostituírem-se por comida e pessoas a suicidarem-se em campos sobrelotados. Relembro: isto passa-se na Europa do século XXI.

Tanto o governo grego como a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) receberam dezenas de milhões de euros da União Europeia para prepararem os campos para o Inverno - idealmente, mudar as pessoas para contentores aquecidos ou alojamento formal, ou, quando isso não fosse possível, aquecer as fábricas onde as pessoas ainda estão em tendas, isolar o chão e garantir um fluxo consistente de água quente. Não sei onde é que esse dinheiro foi parar - mas garantidamente não foi onde devia. Mas ainda tiveram a distinta lata de divulgar um vídeo onde se congratulavam pelo sucesso da operação. “Uma comunicação chocante e completamente desconectada da realidade”, nas palavras dos Médicos sem Fronteiras - esses sim, com a independência que lhes é reconhecida, sempre a fazerem a diferença e a denunciarem quando é preciso . Este assunto irrita-me tanto que nem me vou alongar mais, mas quem quiser detalhes sobre o tema pode lê-los neste link (o Guardian é dos poucos que nunca largou esta crise): https://www.theguardian.com/…/thousands-of-refugees-left-in…

O que me leva ao que me traz aqui: pedir ajuda para os grupos de voluntários e pequenas organizações.

É muito importante que se perceba que, perante a lentidão das entidades oficiais, são estes grupos que andam a fazer a diferença - há cerca de dez dias, quando a UNHCR declarou que “nenhum funcionário devia ser obrigado a trabalhar naquelas temperaturas”, os voluntários andavam ao relento a distribuir roupa, cobertores e chá quente a refugiados com os dedos já azuis do frio.

É essencial que se saiba que a maior parte da ajuda providenciada nesta crise vem de milhares de donativos individuais, tão pequenos como 5 euros, que sustentam o trabalho das centenas de voluntários que são um verdadeiro fenómeno de coordenação e eficácia no terreno - se alguém andar à procura de um tema interessante para um mestrado em ciências sociais, por favor recomendem-lhes uma viagem à Grécia. Por mais meses que passem, não consigo deixar de ficar estupefacta com o profissionalismo e a rapidez de resposta desta comunidade. A maioria é gente como eu, que planeou ir um mês e nunca mais conseguiu vir embora. Viciados na sensação de estar no olho do furacão e fazer realmente a diferença todos os dias. A organização é impressionante, com centenas de pessoas em comunicação constante por facebook e whatsapp, numa partilha diária de recursos e informações que permite uma resposta quase imediata a qualquer tipo de questão. Os canos congelaram e é preciso distribuir água engarrafada? Cria-se uma equipa temporária que começa a tratar disso no mesmo dia. Há tendas encostadas num armazém de Salónica que são precisas em Lesbos? No dia seguinte estão a ser enviadas por ferry. A situação na Sérvia está ainda mais dramática que na Grécia? Reorientam-se recursos e envia-se um comboio de ajuda. Um grupo recebeu mais comida do que precisa para o seu campo? As sobras são canalizadas para os que trabalham com os sem abrigo. As mensagens chovem e as respostas também. Funciona literalmente assim - e apetece bater palmas todos os dias.

São os voluntários que distribuem roupa, sapatos, botijas, chá, fruta e legumes. Que constroem fornos seguros para evitar incêndios, instalam máquinas de lavar roupa para as pessoas não congelarem as mãos, e eletrificam um campo inteiro quando o quadro derrete com o esforço. Que alugam apartamentos para os casos mais críticos, como os recém nascidos, as vítimas de violação e os muito doentes. Que ajudam nos pedidos de asilo, os acompanham às entrevistas e arranjam advogados para os casos mais gritantes. Que levam refeições quentes e cuidados médicos aos refugiados que vivem na rua. Que transportam pessoas para o hospital quando as ambulâncias demoram eternidades, e ficam lá com elas para garantir que não há problemas de comunicação. Que entretêm as crianças, que dão aulas aos adultos, que distribuem presentes no Natal. É aos voluntários que a polícia pede ajuda quando há um motim, “porque eles a vocês ouvem-vos”. Basicamente, é aos voluntários que se deve aquilo não ser ainda muito pior do que é.

MAS. Isto só é possível com a vossa ajuda. Imensa gente me disse durante estes meses que adorava poder fazer o mesmo que eu, mas não podia deixar o emprego, a casa, a família. Mas acreditem: ficar e ajudar a financiar quem vai é tão ou mais importante do que ir. A maioria dos voluntários de longo termo está completamente falida. As últimas poupanças já se foram há muito tempo e estamos, mesmo, completamente dependentes de donativos para poder continuar.

O dinheiro é sempre a forma mais eficaz de ajudar, porque nos permite responder de imediato e rigorosamente à medida das necessidades - por exemplo, se hoje a temperatura cair a pique e forem precisos 20 fatos de neve para crianças dos 6 aos 10 anos, é muito mais provável encontrá-los numa loja do que no armazém que recebe as doações. Para além disso, tem a vantagem adicional de promover a economia local, o que ajuda a manter um clima de abertura à nossa presença. O envio de roupa, para além de ser caro, só é produtivo se for estritamente limitado ao que é necessário (para não criar problemas de armazenamento) e já partir organizado por peças, sexos e tamanhos, de forma a que, à chegada, baste descarregar para começar a distribuição. Mas felizmente, há dois grupos a tratarem disso em Portugal! Portanto incluí-os abaixo, na minha lista de 10 sugestões para quem quiser ajudar. Que começa com a minha conta bancária, seguida do meu projecto :) Mas também inclui outros grupos e organizações que são excelentes alternativas. Espero que encontrem alguma coisa com que se identifiquem! Façam-me só (outro) favor: não deixem para depois. Não pensem “Trato disto a seguir ao almoço / depois do jantar / quando voltar de fumar”. Se eu recebesse 5€ por cada pessoa que me disse (genuinamente!) “Opá! Queria tanto ter contribuído, mas passou-me e agora já estás cá...” - podia voltar para a Grécia de Porsche.

Portanto, FORMAS DE AJUDAR:

1) Transferência bancária para a minha conta pessoal (aberta exclusivamente para donativos, que tanto posso canalizar para o meu projecto como para outros grupos / organizações / necessidades que me pareçam pertinentes e/ou prioritárias. Opção adequada para quem confiar no meu bom senso e não quiser recorrer a transferências internacionais, cartões de crédito ou Paypal)

IBAN: PT50 0023 0000 4543 4724 729 94
Banco: ActivoBank
Nome: Mariana Vareta
País: Portugal

2) Apoiar a Mobile Info Team for Refugees - www.facebook.com/mobileinfoteam

Este é o meu projecto, que começou quando percebemos que, logo a seguir à comida e à roupa, o que os refugiados mais queriam era informação. Visitamos vários campos por semana, tiramos dúvidas sobre o processo de asilo, ajudamos na preparação das entrevistas e fazemos pontes com advogados. Também temos uma página no Facebook, onde publicamos notícias, desfazemos rumores e respondemos a perguntas em árabe e farsi. Temos dois refugiados tradutores a viver connosco em permanência e, desde que começámos a trabalhar, já conseguimos acelerar dezenas de casos (que já estão quentinhos na Alemanha ou na Suécia, em vez de congelados na Grécia). Também damos formação a outros voluntários, principalmente de campos onde não conseguimos chegar.
Somos 8 a 10 pessoas (o número varia) a viver num T3, onde dormimos em colchões no chão e cozinhamos mil e uma versões de leguminosas, porque carne e peixe são um luxo raro. Gastámos 50€ (a loucura!) num frigorífico tão velho que dá para espreitar lá para dentro - o que é uma vantagem inegável quando se está a planear o jantar. Não temos máquina de lavar roupa, nem sofá, nem televisão. Almoçamos e jantamos em mesas e cadeiras de plástico. Trabalhamos 12 horas por dia, 6 dias por semana, e só paramos ao domingo porque já percebemos que, se não o fizermos, começamos a andar à pancada. Quando precisamos mesmo de uma cerveja ao fim do dia, sai obviamente do nosso bolso e não dos donativos. Isto tudo para dizer que rentabilizamos MESMO BEM o dinheiro que nos dão - só o usamos para pagar a renda, as contas de água e luz, a comida e a gasolina (fazemos centenas de quilómetros por semana).

Donativos por cartão de crédito ou Paypal através do site https://mobileinfoteam.blogspot.pt/p/donate.html, ou por transferência bancária internacional para a nossa fundação:

Stichting Mushkila Kabira
IBAN: NL76 INGB 0007 3490 21
BIC: INGBNL2A

3) Apoiar a Get Shit Done Team - www.facebook.com/The-Get-Shit-Done-Team-304001796641127/

Para além de terem um nome genial, fazem um trabalho incrível como oficina móvel. Isolam campos inteiros, constroem portas e janelas, instalam fornos e máquinas de lavar, e pelo meio ainda arranjam tempo para salvar cães bebés de tempestades de neve e encontrar-lhes novos donos.

4) Apoiar a Hot Food Idomeni - www.facebook.com/Hotfoodidomeni

Como o nome indica, começaram em Idomeni, mas neste momento são dos poucos a distribuir comida quente aos refugiados que vivem nas ruas de Belgrado. Aquelas filas intermináveis que andamos a ver no Telejornal? São para o camião deles.

5) Apoiar a Intervolve - www.facebook.com/InterVolve-219418945063168

Equipa super dinâmica, que prioriza um dos campos mais complicados (Softex) mas também intervém em vários outros.

6) Apoiar a Help Refugees - www.facebook.com/HelpRefugeesUK

Uma das ONG mais importantes na crise dos refugiados. Ajudam um sem número de projectos em toda a Europa, incluindo vários dos referidos acima. O armazém principal em Salónica, de onde parte a maior parte da ajuda para os campos em volta, é gerido por eles.

7) Apoiar a Are You Syrious - https://www.facebook.com/areyousyrious/

Escrevem a newsletter diária que é a referência de toda a gente que trabalha com refugiados. Começaram no verão de 2015, como uma iniciativa civil para ajudar na rota dos Balcãs, e hoje são uma ONG com mais de 200 voluntários em vários países.

8) Mandar roupa para a Grécia - Campanha "Tem Frio?" - https://www.facebook.com/events/252564715166484

Pontos de recolha no Porto e em Lisboa, com transporte já garantido. Até ao dia 25 de Janeiro, aceitam roupa interior para todos os tamanhos e idades, especialmente para homens; roupa interior térmica para homem e mulher, tamanhos S e M; calças de fato de treino para homem e mulher, tamanhos S e M; botas de inverno de boa qualidade, tamanhos 40 a 45; gorros, luvas e cachecóis para homem e roupa de neve. O destino é o armazém referido acima.

9) Mandar roupa para a Sérvia - Campanha "Sobre_Viver na Sérvia" - https://www.facebook.com/events/597387673800844/

Pontos de recolha no Porto, em Lisboa, Coimbra, Évora, Castelo Branco e Proença a Nova. Até ao dia 28 de Janeiro, aceitam roupa quente, casacos, calçado, cobertores, sacos cama, meias quentes, luvas, gorros e roupa térmica. Também precisam de encontrar uma empresa que faça o transporte até à Sérvia, por isso todas as ideias e contactos são bem-vindos.

10) Partilhar este post (idealmente com umas palavrinhas vossas para garantir o engagement). E os links para estas equipas, e as notícias desta crise, e tudo o que seja possível para evitar que estas pessoas sejam esquecidas. Outra vez."



#3 - Profissões que me fazem falta

O Portageiro

Nós, Portugueses, temos imensas Autoestradas para circular de Sul a Norte, do Interior para o Litoral...de repente apareceram tantas...que fizeram as delicias dos condutores de Autoestradas (como eu me caracterizo).

Um condutor de Autoestrada, normalmente...não gosta de guiar (guia porque tem mesmo de ser), não gosta de ultrapassar, virar, parar...gosta mesmo é de ir sempre em frente até chegar ao seu destino, sem se moer muito.

Mas nós temos AE quase vazias...ninguém tem a coragem de as utilizar...porque são caríssimas e se porventura temos de parar para beber um café...sentimos que pagámos um almoço pelo mesmo...já para não falar, no caso de termos de pôr combustível na viatura...

Mas mesmo assim, os condutores de Autoestrada (Eu) optam sempre por andar nas mesmas...

...antes, o ato solitário de circular em algumas AEs deste País, era compensado com um “Boa Noite”, “Bom dia”...um diálogo curto que se fazia com os portageiros...mas compensador...depois de vários quilómetros circulados, deixávamos de nos sentir sozinhos e víamos um Humano e falávamos com ele e era só puxar do cartão ou da nota que o Portageiro fazia o pagamento. Depois de um Obrigada...lá saíamos da AE confortados com uma presença humana, e a chorar o dinheiro que tínhamos pago por aqueles quilómetros.

...também, existem AE, em que são completamente ao contrário. A A5 Cascais/ Lisboa, por exemplo...nunca nos sentimos sozinhos...sentimos sempre que realmente o Mundo está muito populoso...e quando chegávamos à portagem...o Portageiro era aquele em quem descarregávamos a ira de termos passado 2 horas na AE, num trajeto que se faz em 20 minutos...

Agora...
...nas inúmeras AE em que quase não circulam carros (devido principalmente ao preço das portagens)...continuamos a sentir uma solidão enorme e quando chegamos à Portagem...ninguém!
Só uma máquina que fala connosco, que nos diz para avisarmos quando chegarmos ao destino e uma trabalheira enorme para pagar os horrores que nos levam para andarmos na AE.
Nós, que somos os clientes das AE, além de termos de pagar (tudo bem, se fosse a preços razoáveis) é que temos de fazer tudo: parar, tirar o cartão ou o dinheiro, esticar o braço até não puder mais, para conseguir que o cartão entre na ranhura (e quando o braço não chega? Há que abrir a porta, tirar o cinto e fazer toda uma ginástica para conseguirmos chegar à ranhura. E quando o carro está tão perto do lancil, e a porta não abre? Há que fazer marcha atrás, ir um pouco mais para o lado e para a frente e depois, tentar outra vez que o braço chegue à ranhura abrindo a porta...) e tirar o cartão, e depois a máquina diz-nos “cartão não lido” e começamos outra vez toda a ginástica do esticanço.
E quando apanhamos algum Estrangeiro à nossa frente, que definitivamente não se entende com estas inovações? Credo!
Quando saímos destas AEs, além de nos sentirmos sozinhos e deprimidos...ainda choramos mais o nosso dinheiro lá deixado!

...nas A5 do N. País, agora, ficamos horas a tentar circular nas mesmas (tenho a certeza de que já aconteceu de tudo nesta A5, crianças que nasceram nos carros, pedidos de casamento, de divórcio...)...perdemos horas da N. Vida nas mesmas e quando chegamos à portagem...uma máquina!!!!!!! N
ão me admirava que algumas já estivessem esmurradas, tal é o stress que as pessoas trazem deste trajeto!!!!

E por tudo isto...voltem Portageiros....fazem mesmo muita falta!

...Nós somos os clientes das Empresas/ Concessionárias das nossas AE...e nós merecemos ser mimados...

...eu por cá, quando apanho algum (resistente)...faço questão de mostrar o quanto estou Feliz e gosto de o mimar... (Olá!!!! Tenha um Excelente dia!!!! Muito Obrigada!!!!)...embora continue a sair da AE a chorar o dinheiro que lá deixei!!!!!




terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Fim da época natalícia

E assim...decidiu a minha gata...terminar a época natalícia, lá por casa... (sim, ainda por lá andam algumas decorações de Natal)...

# 4 - Évora - Pormenores

Viver em Évora é assim...

...ter o nosso quotidiano recheado destas paisagens...

...tem é de se reparar nos pormenores...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

#51 - A música da minha vida...ou o que estou a ouvir agora...ou a musica do momento...ou porque me apetece

Ando a ouvir uma Rádio no carro dedicada a hits dos anos 80.

Hoje deu esta...que dava muito na Discoteca da minha juventude - NEWS - na Malveira da Serra.

Gosto muito desta música e a sua letra é uma verdadeira novela...conta mesmo a história de quem foi abandonado sem explicação...

...tive uma bela juventude e sempre que ouço músicas que me remetem para estes tempos, dou comigo a rir...tão bom!!!

Fischer-Z - "So Long"

domingo, 22 de janeiro de 2017

MNMs pelos caminhos de Portugal - Lisboa

As minhas crias tiveram ambas uma fase em que andavam baralhados quanto à sua naturalidade.

Eu nasci em Lisboa e sou de Carcavelos.
O meu marido nasceu em Évora e é Eborense.
Eles nasceram em Lisboa, são Eborenses, mas têm uma ligação forte com a Linha de Cascais.

A confusão, para eles, é tanta, que às tantas, a minha filha já diz que é Lisborense...juntando o facto de ser Lisboeta e Eborense...

Um dia decidi que iriam começar a conhecer Lisboa...

...já aprendi que para as crianças gostarem de andar a passear em Cidades, é preciso proporcionar-lhes experiências que gostem...tenho feito isso, e penso que tem resultado...gostam de conhecer cidades e passear e disfrutar delas.

...e lá fomos os quatro, mais a avó materna, passear por Lisboa...como verdadeiros turistas.
Para nós, e para mim, em particular, foi voltar a locais onde há anos não ia e foi redescobrir uma Lisboa linda, cheia de vida e turistas encantados com cada Bairro, com a arquitectura, com as esplanadas, igrejas, avenidas...

...Iniciámos o passeio com um almoço no Hard Rock Café na Avenida da Liberdade. As minha crias não conheciam nenhum Hard Rock Café e adoraram...há menus para crianças, surpresas, animação...foi uma festa para eles, claro!


E depois, como verdadeiros turistas fomos conhecer Lisboa num Tuk Tuk...Alfama, Bairro Alto, os seus cantinhos, miradouros, igrejas, castelo, Rossio, Restauradores, Chiado...
...já foi há um ano, mas lembro-me do entusiasmo deles...penso que acharam tudo lindo! Pudera!!!!


Miradouro das Portas do sol


Miradouro do Castelo de São Jorge

E como verdadeiros turistas, fomos fazer um Sightseeing Tour que começou na Praça da Figueira e levou-nos até Belém e depois outra vez de volta.


Praça da Figueira


Belém

Em Belém, claro que saímos e fomos comer Pastéis de Belém....apenas para conhecerem...porque na minha opinião, perto do Largo de Camões, na Manteigaria os pastéis de nata ainda são melhores. Embora, a Manteigaria não tenha o encanto histórico e de tradição quem têm os Pasteis de Belém.

Claro que sou suspeita...mas acho Lisboa um encanto...e sou daquelas que anda toda contente, por finalmente, Lisboa estar na Moda e estar cheia de turistas...
...Lisboa está finalmente na rota do turismo Internacional e nós, por cá, continuaremos de quando em quando a conhecer e a redescobrir Lisboa!




sábado, 21 de janeiro de 2017

#50 - A música da minha vida...ou o que estou a ouvir agora...ou a musica do momento...ou porque me apetece

A 2 meses de ir conhecer Paris...daquelas Cidades que penso já conhecer, sem nunca lá ter ido...

...Por cá adoramos este Filme e a sua banda sonora...

...E hoje dedico este espaço a Paris e a este filme..."O Monstro em Paris"...penso que será por causa dele que as minhas crias, só falam em conhecer Paris...

Vanessa Paradis & -M- "La seine" (Extrait du film "Un monstre à Paris")

Benfica/ Porto...ou...um mimo ao Pai

"Mãe, olha lá o que fiz. Os azuis escuros são do Benfica e estão a ganhar e estás a ver este traço? Quer dizer que vão marcar outro golo!"


M - 8 anos

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Fotos

Sou suspeita...

...mas gosto muito deste fotógrafo e deste hobby que ele tem...

...devo ser uma esposa incrível...porque tenho uma paciência imensa, para em cada viagem, dar-lhe tempo para as suas fotos.

Muitas das fotos deste estaminé..são dele...as melhores são dele...

Agora tem um espaço dele...

Raw Photo

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

#49 - A música da minha vida...ou o que estou a ouvir agora...ou a musica do momento...ou porque me apetece

Sempre Bryan Adams...gosto mesmo muito, é daqueles que "fazem parte de mim"...

...tenho todos os CDs e agora que isso já não se usa...tenho sempre Bryan Adams na minha playlist do ITunes...

...A última vez que o fui ver e ouvir...e cantar todas as letras das músicas...foi em 2015...no MEO ARENA.

Fui com as minhas amigas de Sempre e para Sempre, aquelas com quem cresci e com quem tenho amizade há mais anos! Fui ainda "doente", ainda a arrastar uma perna e ainda com muita dificuldade em estar de pé e subir escadas...E fui de coração cheio...as minhas amigas ficaram na bancada comigo, para podermos estar juntas a ouvir Bryan Adams, que todas gostamos, mas juntas (num concerto que seria suposto ver e ouvir em pé...e dançar...pular!). É assim a amizade...

E foi uma noite tão boa, Bryan Adams, Elas, uma ginginha na fila, muita risota à saída...o normal quando nos juntamos!!! Há, pelo menos 30 anos!!!!!

...gosto muito desta...mas poderia ter escolhido muitas outras...


Bryan Adams There Will Never Be Another Tonight

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Não se deve mentir aos filhos....

As minhas crias, na hora de adormecerem inventam tudo para não o fazerem (basicamente, estou a chegar à conclusão que achem uma perda de tempo dormir)...

... nesta hora, tento ter a maior calma e ir gerindo a situação para não os excitar mais, de forma a adormecerem depressa e tranquilos.

Hoje, e antes de se deixarem dormir...

O mais velho:

"Mãe, amanhã, podes por o despertador para as 6:00/ 6:30 da manhã? Quero chegar a escola bem cedo... para ver se fui convocado para o jogo!"

"Sim, filho, dorme descansado que vou já por o despertador" (menti, claro! Vou lá agora acordar de madrugada!!!!)

A mais nova:

"Mãe, tive uma ideia mesmo gira! Vamos acordar às 2 da manhã e vamos por as nossas mãos lá fora para ver se congelam! Não era giro? Pode ser mãe? Por favor!"

"Ok, filha, dorme descansada que eu as 2 da manhã venho acordar-te e fazemos isso!" (Menti, claro! Não achei nada gira a ideia)

(Eles dormem super tranquilos, e eu estou aqui cheia de medo de uma vir acordar-me a meio da noite para irmos congelar as mãos e depois de voltar a adormecer, o outro vir acordar-me de madrugada)

Amor?

"Mãe, sabes? Agora, na Escola, tenho um Empregado."

"Um empregado, filha?"

"Sim, agora tenho um menino da minha sala que é meu empregado."

"Filha, mas isso não está certo!"

"Ó mãe! Ele perguntou-me se eu queria que ele fosse meu empregado, e eu disse logo que sim."

"Mas o que é que ele faz como teu empregado?"

"Tudo! Se me cai um papel ele apanha do chão. Ontem queria chamar uma amiga e chamei-o para ele a ir buscar. Ele é que me foi buscar o material de desenho...ó mãe...faz tudo por mim!"

M- 8 anos

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

#2 - Profissões que me fazem falta

O amolador.

Cresci a ouvir a minha avó a prever chuva se:

- Lhe doía um calo..."vem aí chuva"

- Se um galo que tínhamos na sala, mudava de cor..."vem aí chuva"

- Ou se ouvíamos o amolador na Rua...a tocar (penso que gaita) para atrair clientela..."vem aí chuva"...

Penso que nunca usei os serviços de um amolador...

...mas habituei-me a ouvi-lo e a pensar logo em chuva...

...Hoje, dou comigo a pensar na minha avó materna, que era uma "figura" fantástica...e que tanta importância teve na nossa vida...

...mas cada vez menos se ouve o amolador...

#48 - A música da minha vida...ou o que estou a ouvir agora...ou a musica do momento...ou porque me apetece

Andava eu pelos meus 14 anos...

Hoje ouvi isto na Rádio e recordei as cassetes VHS, que eu e a minha irmã tínhamos com gravações de video clips. Eram muitas e lembro-me que numa delas, havia este video clip, com esta música. Passávamos horas a ver video clips...

Tão anos 80!!!

Madonna - Papa Don't Preach

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Palavrão

"Mãe, hoje passei pelo meu irmão e ouvi ele a chamar a outro menino: filho do palavrão"

M- 7 anos

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

#Viagens_11 #Holanda #Amesterdão

Amesterdão...ainda bem que há uns meses me passou pela cabeça fazer um fim de semana a dois e ir conhecer Amesterdão...
...ainda bem que ao longo dos anos fui acumulando uma pequena “frustração” de fazer escalas em Amesterdão e nunca ter saído do Aeroporto...
...ainda bem, que decidi que seria desta que iria sair do Aeroporto e conhecer Amesterdão.

Venho com esta sensação de que, até hoje, é a Cidade que mais gostei de conhecer!
Venho apaixonada...tanto...que me vejo a mudar a minha vida e a ser capaz de ser Feliz a viver em Amesterdão!!!

Gostei de tudo, de tudo mesmo, de cada recanto, de cada pormenor, de cada vivência e de cada pessoa.

Amesterdão é uma cidade pequena, com 800 mil pessoas, quase metade emigrantes que escolheram Amesterdão para viver. Por essa razão e juntando à quantidade de turistas, Amesterdão apresenta uma diversidade cultural incrível.

Gostei tanto de tudo, que sinto dificuldade em distinguir e exprimir tudo o que vi e vivi.
Se calhar, começar por dizer que 3 dias em Amesterdão, bem aproveitados, dão para ver muita coisa...se não quiser visitar os cerca de 50 museus que existem, a fundo.
Obviamente que em 3 dias, tivemos de selecionar o que nos atraía mais ver relacionado com Arte.
Obviamente, e penso que os comuns dos mortais, fazem a mesma escolha: selecionámos o Museu Van Gogh e o Museu Rijks.

MUSEU VAN GOGH
O Museu Van Gogh mereceu uma manhã de visita, onde encontramos a Arte deste Artista, nas suas várias fases, a sua história trágica (acabou os seus dias num Asilo psiquiátrico), e ainda a Arte de quem o influenciou e de amigos.

Foto: Nelson Cristo

Vale muito a pena esta visita, e impressionou-me imenso um quadro que não conhecia: “Comedores de batatas”.

Fiquei largos minutos a observar todos os pormenores e a tentar desvendar a motivação para aquele quadro...só depois fui ler a explicação...e não estive muito longe.

É um quadro da sua primeira fase de pintor e é muito realista...nele é retratado a miséria dos camponeses, a sua fisionomia rude de quem trabalha arduamente e honestamente para ter uma refeição à mesa (batatas). Foi isto mais ou menos que Van Gogh quis transmitir e conseguiu!!!
Uma vez que não é permitido tirar fotos neste Museu, aqui fica uma foto do quadro retirado da internet.


MUSEU RIJK
O edifício deste Museu, já considerado dos mais importantes da Europa, é lindíssimo.
É um edifício do século 19, de autoria de Pierre Cuypers. Este edifício foi renovado recentemente pelas mãos da dupla de arquitetos espanhóis Cruz e Otiz e consta que a mesma levou 10 anos e foi uma obra milionária.

Este Museu e o de Van Gogh e mais uns quantos ficam todos na praça dos Museus...uma praça imponente e ainda se torna mais, pela imponência deste edifício.

Quando entrámos no Museu...outro delírio...só o Hall de entrada impressiona.
A sua arquitetura alta, cheia de luz, pessoas, um café e uma exposição de animais empalhados. Só reparámos nesta ultima, porque havia crianças deitadas no chão a desenhar os animais...achei delicioso...e ainda não tinha visto nada!!!

Foto: Nelson Cristo


Mais uma vez, entrámos no Museu com um interesse particular: ver Quadros de Rembrandt e Johannes Vermeer.

Já o disse, não somos grandes conhecedores de Arte:
...mas o quadro “Ronda da Noite” de Rembrandt foi tema de estudo numa qualquer disciplina na Escola e a minha mãe (grande entusiasta de Arte) ajudou-me a “lê-lo” e a conhecê-lo.


Vermeer conhecemos mais pelo filme “The Girl with a pearl earring”, de 2003, que retrata uma história fictícia de como o pintor teria produzido o quadro com o mesmo nome.
Este quadro não se encontra neste museu, mas existem outras obras de Vermeer dignas de registo.


Penso que para se ver o Museu por completo, será preciso pelo menos um dia inteiro, tal a diversidade e várias épocas retratadas. Não o fizemos, mas ainda conseguimos visitar a Biblioteca do Museu, que vale muito a pena.

Neste Museu pode-se tirar fotos e existem bastantes crianças pelo chão a desenhar ... e todas entusiasmadas!


Visitados os Museus (que fizemos em duas manhãs), era tempo de conhecer e Cidade e deambular pela mesma. É muito fácil andar em Amesterdão...é uma cidade toda plana, pelo que se pode fazer bem de bicicleta. Aliás, existem bicicletas por todo o lado (todas as informações apontam para cerca de 600 000 bicicletas em toda a cidade) e pelo que vi...devem ser mesmo. Todo o tipo de pessoas usam a bicicleta, e ainda mais impressionante, a qualquer hora do dia e da noite...vi senhoras e jovens por volta das 23H de bicicleta.

Mas nós não alugamos nenhuma e optamos pelo que chamam o Tram – elétrico urbano.
Á frente do nosso hotel, tínhamos mesmo uma paragem do 12, ou seja, aquele que nos dava acesso à Praça dos Museus e outros locais centrais e ainda nos permitia fazer transfers para outras zonas.


Nunca esperámos mais de 5 minutos, atrás de um, vinha sempre outro. Os transportes públicos são excelentes por aqui.
No tram nunca andamos “enchouriçados”...uma vez que funcionam regularmente e com muita pontualidade, não há necessidade de encher as carruagens...além disso, cada elétrico tem um funcionário a organizar o espaço e a ajudar todos os utilizadores. Todos estes funcionários falam Inglês, pelo que nunca tivemos preocupações acerca das direções a tomar...ajudaram sempre!!!
Um pouco caro, mas compensou largamente...de tram conseguimos ver e visitar quase tudo, entravamos numa paragem, saiamos, voltávamos a entrar...sempre com o mesmo bilhete, que se pode comprar para 48 horas.

E por Hotel:
Os mais centrais, são caríssimos! Ficamos no Golden Tulip Amesterdam e o preço/ qualidade é bem razoável. Não é central, mas apanhando o tram, em 10 minutos estávamos em qualquer lado.

Amesterdão é uma cidade extraordinária! É a cidade mais diferente daquilo tudo que conheço...a sua arquitetura, as casas ligadas aos inúmeros canais, as ruas e monumentos históricos, as bicicletas, o seu liberalismo não anárquico, as pontes (uma atrás da outra) e um sem fim de pormenores deliciosos!

Amesterdão merece visitas sem fim...e tenho a certeza de que cada uma vai ter uma descoberta diferente.

Desta vez, eis tudo o que descobrimos e nos “deliciámos” a dois:


Praça dos Museus (Museumplein): é a praça entre os Museus Van Gogh e Rijks. È uma praça enorme e cheia de vida.
Nesta praça, está o “monumento” I amsterdam...umas letras garrafais de homenagem a Amesterdão, mas tão cheia de gente que quase não se percebe o que é...todos querem tirar uma foto no “monumento”.
Aqui, sente-se que os nativos, apesar do frio, gostam de andar na Rua. Existe um lago, que nesta época, estava gelado e havia muita gente a aproveitar para patinar. Nos grande relvados da praça, havia pessoas e grupos a fazer desporto.

Foto: Nelson cristo


Praça Dam: pareceu-nos que aqui seria a parte mais central da Cidade, onde todos se encontram...nativos e turistas. É uma praça lindíssima e é onde se localiza o Palácio Real do Século XVII. A praça Dam tem ainda outros edifícios lindíssimos.
Também cheia de gente, que carregava sacos de lojas nas Ruas que confluem para a praça.

Foto: Nelson Cristo


Os canais: Amesterdão tem 160 canais e cerca de 1500 pontes. A arquitetura da cidade juntamente com os canais, é o que me atrai mais em Amesterdão...cada rua, edifício, canal, ponte, tem ar de cenário. Não andámos de barco em nenhum canal, ficará para uma próxima, mas vimos muitos e também à noite...iluminados são ainda mais bonitos! Por esta razão, costuma-se apelidar Amesterdão, a “Veneza do Norte”!!

Foto: Nelson Cristo

Foto: Nelson Cristo

As bicicletas: Andar de bicicleta é tão natural como deslocar-nos de carro...a qualquer hora, com qualquer roupa, para qualquer lugar...há sempre homens, mulheres, crianças, velhos e novos a andar de bicicleta.
Há quem defenda que Amesterdão é para ser conhecida de bicicleta...nós não o fizemos...talvez um dia...

Foto: Nelson Cristo

Foto: Nelson Cristo

Red Light District: No Bairro De Wallen, um Bairro normalíssimo e muito bonito, com residências, igrejas, restaurantes, parque infantil. É onde podemos ver a prostituição legalizada na Holanda. A atividade é regulamentada e não pode ser levada a cabo nas ruas. Aqui, vemos em vitrinas mulheres semi-nuas a “exibirem-se” para potenciais clientes.
É proibido tirar fotos e acho bem...gostei do Bairro, mas não gostei de as ver assim tão expostas em vitrines (como se fossem produtos). Sei bem que é pior andar na rua e desprotegidas...

Foto: Nelson Cristo

Drogas: O consumo de drogas leves, na Holanda é tolerado e fiscalizado. Existem por toda a Cidade Coffee Shops, que não servem cafés, mas onde se pode comprar e fumar tudo o que é droga leve.
Nas Ruas, de vez em quando, sente-se o cheiro de alguém que está a fumar...mas na Rua, não é assim tão tácito que se possa fumar drogas...
Amesterdão, é uma cidade super tolerável...com a diversidade de raças, com a homossexualidade, com a prostituição, com as drogas...e ninguém parece minimamente incomodado com a diferença...e se calhar, é esta tolerância, que faz toda a diferença.


Bairros: Um dia fomos andar para o Bairro Jordaan. Não nos pareceu muito turístico. Com um Mercado de Rua enorme e cheio de cafés e lojas engraçadas, pareceu-nos um Bairro calmo e onde foi possível assistir a saída da Escola de crianças.
Nas suas bicicletas, pais e mães dirigem-se à escola e depois ou os miúdos acompanham na sua própria bicicleta ou os pais rebocam os mesmos em “reboques” para crianças...Vimos este cenário perto da hora do almoço.
Li algures que a Escola por aqui termina quase todos os dias às 15H ou antes...e que o dia de trabalho vai das 8H às 16H...ou seja...tempo para viver, disfrutar da família, amigos e da cidade!!!
Neste dia, e tudo a pé, fomos ver outros Bairros e sentir como se vive por aqui.


Mercados de Rua: há imensos, de flores (tulipas), mercados de roupa, frutas...e são normalmente junto a um canal e super coloridos.

Foto: Nelson Cristo

A Casa de Anne Frank: É possível visitar o sótão/ anexo (agora vazio) onde se escondeu esta menina, a família e amigos.
É possível...mas não é fácil...comprar bilhetes on-line só para visitas até às 15H e depois disto, só enfrentando uma fila enorme. A fila era mesmo muito grande e estava muito frio...pelo que desistimos de visitar...ficará também para uma próxima!


Restaurantes: Penso que pelo facto, de metade dos habitantes de Amesterdão serem emigrantes, existem imensos restaurantes com comidas de todo o Mundo.
Quisemos ir a um tipicamente Holandês e depois de várias tentativas de marcação, lá conseguimos.
Muito giro e acolhedor, a comida é formidável: comemos uma sopa típica, de ervilha com carnes e pão lá dentro, e o cabbage (espécie de migas de cove roxa...agridoce) com carne.
O Restaurante é o Pantry.
Para rematar, comemos uma tarte de maçã...típica e que existe em todos os cafés...deliciosas!!!


Para petiscar à noite e beber qualquer coisa descobrimos o Foodhallen.
O conceito é o mesmo que temos no Mercado da Ribeira em Lisboa, embora tenhamos achado o ambiente mais intimista. Não nos pareceu que fosse sitio para turistas e estava-se muito bem aqui...


Amesterdão é isto tudo e muito mais, e como já referi...é cidade que me vai “ver” mais vezes...vai...vai...

Série de Fotos: Nelson Cristo