A Série “Anatomia de Grey”, drama norte americano, que conta a história de um grupo de cirurgiões que trabalham num Hospital em Seattle.
No fundo, é uma novela, com amores e desamores, em forma de série...
Adorei as primeiras temporadas, muito à conta da amizade que a Grey (personagem principal interpretada por Ellen Pompeo) construiu e mantinha com Cristina (Sandra Oh) e pelo romance entre Derek Shepherd (Patrick Dempsey) e Grey e ainda pela liderança de Bailey (Chandra Wilson) a treinar os internos (a nazi, como era apelidada).
A Cristina, o Derek e a Bailey foram e são as personagens que para mim estão mais bem conseguidas.
A Cristina enchia-me as medidas pelo seu egoísmo, pelas falas “cáusticas”, pela sua sede de ser a melhor e provocar com esta sede cenas hilariantes...esta personagem fez-me imensas vezes rir...derivado da sua personalidade e como interagia com os amigos e demais pessoal do Hospital.
O Derek, porque é o Patrick Dempsey, porque tem aquele cabelo, olhos, aquela forma de olhar, aquele charme...e porque vejo qualquer porcaria só porque ele entra. E a sua personagem também estava bem conseguida.
A Bailey, bruta e sensível ao mesmo tempo, super eficiente e humana, também é para mim das melhores.
A Grey, não é das que gosto mais, mas a senhora é uma heroína e acaba-se por simpatizar com a personagem: Ora bem, começa com o drama da doença da mãe (Alzheimer), apaixona-se pelo chefe, vê um dos seus melhores amigos a morrer, sofre um avião de acidente onde lhe morre a irmã (que até há pouco não conhecia), lida com o alcoolismo do pai, com o alcoolismo do padrasto, a melhor amiga (a sua pessoa) vai viver para longe, conhece uma outra irmã (filha do padrasto e da mãe, e que tinha sido abandonada pela mãe) e por fim morre-lhe o marido durante a gravidez do segundo filho biológico (a primeira filha é adotada). Ora a Grey, tem mostrado uma força incrível e no meio destes dramas todos ainda cria 3 filhos, é uma cirurgiã excelente e toma conta com uma lealdade incrível dos seus amigos.
Das primeiras temporadas, penso que sobram poucos. Shonda Rhimes ( a autora) tem vindo a despachá-los...ou morrem, ou vão para lugares longínquos trabalhar.
Toda a trama tem como cenário principal, a vida num Hospital...
...por esse motivo a vida pessoal das personagens mistura-se com as doenças e dramas dos doentes, a personalidade das personagens vão-se construindo à volta do humanismo (ou falta dele) com que tratam os doentes...
...há momentos muito intensos e dramáticos...
...mas também há momentos de Felicidade e principalmente, e porque praticamente todas as personagens carregam passados pesados...há momentos em que a força que demonstram, aquela sede de viver, de operar (são todos cirurgiões), a forma como ultrapassam tudo...é comovente!!! E há momentos de loucura...em que depois de um dia stressante no Hospital, juntam-se (quase sempre em casa da Grey) e bebem, dançam, partem paredes, riem como loucos...
Como comecei por afirmar...às vezes pergunto-me porque é que ainda sou fiel à série...já me chateou tantas vezes o desaparecimento de alguma personagem ao ponto de quase desistir desta lealdade...mas depois vem mais uma temporada e lá estou eu a ver um episódio por semana ...
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