India - Dezembro 2023
Fui à India.
Fui numa viagem profissional, poucos dias e obviamente que este testemunho não pode ser uma “influência” para quem se quiser inspirar.
No geral, não gostei da India.
Quando parti, já sabia que ia ver muita miséria, contrastes chocantes e sujidade.
Já sabia que ia vivenciar toda uma cultura diferente.
Se calhar por ter lido há pouco tempo o livro “Shantaram” de Gregory David Roberts, e depois ter visto a série tinha uma certeza, não ia gostar do País, mas ia ficar fascinada com as pessoas.
O meu “sonho”, como tantas pessoas me repetem, nunca foi ir à India.
Aliás, nesse campo, eu quero é ir: conhecer, vivenciar, aprender, viver…, mas a India nunca me atraiu.
Fui a Jaipur, Agra e Goa.
Para já e como se pode ver no mapa, a India é enorme (7º maior país do Mundo) e acredito que haverá locais que nos remetem para filmes como “Comer, rezar e orar”, com a Júlia Roberts. (lembro-me deste por ter imagens idílicas).
Já é o país mais populoso do mundo e acreditem, nota-se...há sempre muita gente, muitos carros, animais, tuc-tucs, motas e outros não identificados, na rua.
Há sempre muito de tudo!!!
Mas é muito sujo, confuso, a miséria é gritante e é impossível “deixar o coração em casa”, pelo menos para mim, que sei que não posso fazer nada para ajudar.
A comida é sempre “spicy”, e no ambiente encontramos sempre cheiro a especiarias ou muitas vezes, mesmo a sujidade.
Para quem gosta de compras, o regateio é a linguagem universal...e tive a sensação de que, quase toda a gente fala Inglês (talvez pelo domínio colonial do Império Britânico).
Quase sempre fui cumprimentada e cumprimentei com Namastê – tem um significado espiritual, mas basicamente é a demonstração de respeito e humildade.
E nas pessoas, com que me cruzei, foi isto que senti: respeito e humildade e deve ter sido das partes que gostei mais.
Vi um senhor Sikh (religião) com lágrimas nos olhos por terem tido um gesto de gratidão para com ele, rezei com uma Muçulmana e vi-a chorar por eu ter aceitado (como cristã) rezar com ela, vi hindus, muçulmanos, cristãos, sikhs a trabalhar em conjunto e a valorizar cada pessoa, no que fazia.
E trago uma imagem e ensinamentos de respeito e humildade das pessoas que conheci, como nunca senti noutro lado.
E quando saímos das Ruas, temos monumentos e locais lindos e cheios de história.
Esta parte, é impressionante.
Jaipur, chamam-lhe a cidade cor-de-rosa (um pouco de exagero!) e é a capital do Estado de Rajastão.
Tudo o que conheci é impressionante:
Man Sagar Lake, onde se encontra o Palácio Jal Mahal, que tive a sorte de conhecer por dentro e que outrora (desde Século 16) foi palácio de marajás.
Agra
É em Agra que encontramos o Taj Mahal. Crescemos a ver a imagem deste Monumento em todo o lado e sentimos que o conhecemos.
Não o conhecemos.
A sensação quando atravessamos os portões e damos de cara com o Taj Mahal é de “arrepio”. Penso, do que me lembro, que mais nenhum monumento me causou esta impressão.
É impressionante! E as histórias e “mitos” á volta do mesmo, também.
Uma coisa é certa, começou a ser construído no Século 17 e foi dedicado a um grande amor de um Imperador.
E uma coisa, eu senti: Ele amava mesmo esta mulher!!!!!
Contam que cada detalhe desta obra em mármore e construída no Século 17, é expressão do seu amor...e não imaginam a quantidade de detalhes...é impressionante!!!
Em Agra, tive ainda a oportunidade de visitar o Forte de Agra, que é também um monumento interessante e bonito. Alberga uma pequena cidade e também foi habitado por Imperadores e está classificado como Património Mundial pela UNESCO.
Goa
Ao contrário de Macau, aqui não senti muito a presença portuguesa. Também, só estive em Goa, um dia e uma noite. Fui a Goa, por ter sido o Império Português do Oriente.
Do que vi, é outra India. Cidade limpa, organizada e com praias belíssimas.
Deu para visitar a Basílica do Bom Jesus, onde se encontra sepultado São Francisco Xavier e a Sé Catedral de Goa e ainda comer um marisco junto ao Mar.
A sensação geral não foi a mais positiva, mas é inquestionável que a India, deixa marcas!